Autoestima: conceito, como ter autoestima (dicas).
Autoestima, em poucas palavras, é a opinião que temos de nós mesmos. Todos nós necessitamos dar e receber atenção e ainda muitas vezes ficamos esperando a aprovação do outro. A autoestima é a disposição da pessoa para viver como alguém competente e merecedor de felicidade. Podemos entender como um conceito positivo de si mesmo, necessário e essencial para uma vida plena.
Quando adquirimos confiança em nossa capacidade para pensar e enfrentar os desafios da vida; confiança em nosso direito de ser feliz, confiança de que somos merecedores e dignos de viver em harmonia plena, verificamos que esse é o caminho da nossa plenitude maior.
Segundo Freud, no começo do século XX, que foi o primeiro a teorizar que o amor próprio, nome antigo do mesmo sentimento (autoestima), é obrigatório em uma existência satisfatória. Solidificá-lo faz parte do processo de aprendizagem da vida.
A autoestima é uma poderosa necessidade humana, que contribui de maneira essencial para o processo da vida, sendo indispensável para um desenvolvimento normal e saudável. Tem valor de sobrevivência. Ela proclama-se como uma necessidade, pois na sua ausência compromete nossa capacidade de funcionar. É por esse motivo que dizemos que ela tem valor de sobrevivência.
Em tempos de correia, disputas e estresse constante, estamos sempre falando sobre autoestima, autoconfiança, autoconhecimento e muitos outros "autos" que interferem diretamente na maneira como nos comportamos, agimos e pensamos no dia a dia. Conhecemos muito das teorias sobre todos esses "autos", até nos planejamos em realizar essas descobertas para conseguirmos viver melhor. Mas na maior parte das vezes deixamos de lado todas essas teorias, exemplos, dicas e tudo mais e buscamos alternativas que nos ajudem instantaneamente encontrar a nossa autoestima, como se fosse uma fórmula mágica. As ferramentas terapêuticas existem sim, mas a grande mudança acontece primeiro dentro de si mesmo.
Por que enfrentamos tanta dificuldade em sustentar em nós mesmos esse sentimento que nutre a nossa vida?
Esse sentimento trás muito da nossa infância, da maneira como fomos educados, como éramos tratados pelos nossos pais, irmãos, avós, amiguinhos, professores, a sociedade. Quando relato esse tópico imediatamente me recordo de vários atendimentos aonde a queixa principal é sobre como foi tratado lá atrás quando era criança. Costumo ouvir alguns relatos como: "seu irmão é mais inteligente"; "você não vai conseguir aprender nada"; "fulana é muito mais bonita"; "você parece a Olivia palito"; "não vai ter namorado", e assim por diante.
Nesse momento em fica claro que nessa situação existe uma criança ferida que trás agora para a fase adulta a baixo autoestima e é importante encontrar ajuda com o trabalho de constelação. Pois essa é a grande oportunidade de verificar o porque isso ocorreu naquele momento, qual era ou ainda é a desordem e o desequilíbrio daquele sistema familiar. Essa é a grande oportunidade de olhar com amor sobre o seu pertencimento naquela família, pois o indivíduo pode se considerar fora daquele sistema.
A constelação Familiar Sistêmica vem trazer à luz tudo aquilo que está oculto nos relacionamentos familiares e interpessoais, buscando uma cura para esse sentimento de baixo autoestima com a ajuda do reconhecimento do que aconteceu e com agradecimento por poder agora estar entendendo e resolvendo essa situação.
Partindo de uma definição de que autoestima é uma avaliação positiva ou negativa que uma pessoa faz de si mesma em algum grau a partir de emoções, ações, crenças, comportamentos ou qualquer outro tipo de conhecimento, entendo que o importante é resgatar o valor dado a nós mesmos, enxergando os nossos potenciais, as nossas conquistas, habilidades que possuímos, enfim a aceitação de si mesmo, pois ela reflete diretamente em cada aspecto de nossa vida.
Segundo Roger, "Todo ser humano, sem exceção, pelo mero fato do ser, é digno do respeito incondicional dos demais e de si mesmo; merece estimar-se a sim mesmo e que se lhe estime." Como podemos então resgatar a nossa autoestima? Cito aqui os quatro pilares da autoestima: autoaceitação, autoconfiança, competência social e rede social.
Quando cito esses quatro pilares vale a pena relembrar que eles estão diretamente relacionados ao respeito que temos por nós mesmos, aceitando o nosso corpo que é a nossa casa; tendo uma postura positiva com relação às próprias capacidades de desempenho e reconhecendo também os nossos limites. Fazer e manter contatos com outras pessoas sabendo lidar com elas entendendo que existem diferenças, tendo reações flexíveis, sabendo manter o seu espaço; construir relacionamentos positivos com uma relação satisfatório com o outro, principalmente com a família, são atitudes que fazem a diferença.
Mas para que se comece um trabalho de mudança para resgatar a autoestima se faz necessário diante desses pilares, a dedicação à formação do amor próprio, o cuidado consigo mesmo. Nesse cuidado posso salientar a atenção e consciência das próprias emoções, sentimentos, sensações e necessidades corporais e psíquicas. Juntando o relacionar-se respeitosamente e amorosamente consigo mesmo e cuidar de si. Cuide de você, respeite a si mesmo, ame-se mais.
Sendo assim eu entendo que desenvolver o auto amar-se é a chave para a saúde física mental e espiritual, o sucesso e a felicidade.